sexta-feira, 16 de março de 2012

Observação cotidiana (I)

Natal sempre foi uma cidade de gente exacerbadamente fútil, entretanto, de uns tempos pra cá, acho que isso se multiplicou.

Não sei se fui eu que, após um tempo morando numa cidade grande, passei a reparar mais na pequenez da gente daqui ou se realmente essa onda de "fashionistas profissionais" tem feito com que a população fique mais bizarra.

As mulheres, hoje, cada vez se vestem mais iguais, usam os mesmos acessórios, em tudo semelhantes àquelas empregadas de indústrias do começo do século passado com suas fardas cinza.

Tantos anos de luta pela independência do tal sexo frágil para agora tornarem-se escravas da moda ditada por pessoas sem “um real” de inteligência? Citando Shakespeare, “há algo de podre no reino da Dinamarca”.

Falo das mulheres, pois são elas as principais vítimas dessa tendência (essa palavra me causa arrepios), mas os homens têm sua parcela de culpa – e até participam! – desse conchavo: a mulher “bixinha” é aquela que tá com a saia acima do umbigo e uma camisa meio folgada amarrada num canto da barriga... Opa! Confundiu-se? É... Não tem como distinguir, já que todas se parecem mesmo.

Tampouco me eximo de culpa, mas posso afirmar sem medo que a cada dia que passa, eu admiro mais o diferente, o exótico, aquilo que a gente vulgar insiste em chamar de estranho.

O que há de mais admirável em alguém vai muito além das camadas de tecido que a envolve. Ser original e autêntico, pode crer, meu irmão, nunca esteve tão na moda.


"Chique é ser feliz; elegante é ser honesto; bonito é ser caridoso; charmoso é ser grato. O resto é inversão de valores." (autor desconhecido)